Em Matão, a manhã de sexta-feira, Dia das Crianças e feriado de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, foi reservada para a Procissão dos Cavaleiros, que há mais de 76 anos é comemorada nesta data, com a participação de várias gerações de cavaleiros e amazonas. Oficialmente, esta é a 77ª edição do evento. A procissão percorreu vários bairros da cidade, tendo seu encerramento na Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Alto, com a benção do Padre Braulino e auxiliares, dada aos cavalos, charretes e carroças, algumas caprichosamente decoradas. Houve a tradicional queima de fogos de artifício no final do evento.
A procissão é dedicada a Nossa Senhora Aparecida, cuja imagem foi encontrada no Rio Paraíba, por pescadores, em 1717. O vigário de Guaratinguetá na ocasião era o Padre José Alves Vilela (1715 a 1745). Após a surpresa, a pequena imagem da Senhora da Conceição foi levada para a casa de um dos pescadores, Filipe Cardoso. Em 1737, foi edificado um oratório para seu culto pelos moradores da redondeza. Em 1745 foi construída uma igreja em sua homenagem. Em 24 de junho de 1888 foi bento solenemente o templo, hoje chamado “basílica velha”. A monumental basílica atual foi consagrada pelo Papa João Paulo II no dia 04 de julho de 1980. Desde os primeiros cultos dedicados a Nossa Senhora pelos pescadores (reza do terço e outras devoções) até nossos dias, os peregrinos jamais cessaram de depositar aos pés da Virgem Aparecida suas súplicas, dores, sofrimentos e alegrias, esperando por sua intervenção e milagres.

Em 31 de maio de 1931 a imagem foi levada ao Rio de Janeiro, então capital federal, para que Nossa Senhora recebesse as homenagens oficiais e aclamação de toda a nação, estando presente também o Presidente da República, Getúlio Vargas. A devoção do povo brasileiro a Nossa Senhora, a peregrinação da Padroeira por toda a Pátria, a abertura de vias rápidas de condução e uma equipe especializada de sacerdotes e irmãos coadjutores puseram a cidade de Aparecida entre os maiores centros de peregrinação do mundo.
Pesquisa Histórica e Texto: Eduardo Waack e Sêrgio SabaráFotos: Sêrgio Sàbará
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